quarta-feira, 21 de abril de 2010

Maria e sua Companhia.

Vamos chamar essa pessoa de Maria. Maria é um personagem real. Ela existiu e fedeu em minha vida por seis meses. Sim você leu bem. Ela fedeu!

Maria estudava comigo. Não éramos muito chegadas, mas conversávamos de vez em quando. Nunca tive coragem de falar a verdade na cara dela. Ela já chegava à aula fedida, cheirando suor, mesmo quando estava com o cabelo molhado, o que provava que tinha acabado de sair do banho.

Mas não era qualquer cheiro não, meu povo. Era O CHEIRO. Cebola com um cheiro de passado inexplicável. Praticamente uma entidade que assombrava Maria. Aonde Maria ia a Entidade a acompanhava, fazendo com que todos ao seu redor torcessem o nariz e ficassem respirando pela boca. Um terror.

Nessa época era moda comparecer às domingueiras toda semana. Eu sabia todos os passinhos, já tinha meus paqueras regulares. Ansiava pelos domingos.

Foi quando o The Cure lançou a música "Friday I'm in love". Virou febre! Considerava aquela A minha música (apesar de não entender o que a letra dizia). Tinha que aprender a letra e arrasar na próxima domingueira. Cantar a letra aos berros, impressionar os paqueras e os amigos com o meu inglês afiado.

Passamos - eu e minha amiga Luciana - a semana inteira decorando a letra. Domingo chegou, e lá fomos nós, toda lampeiras prontas para a hora do show. Ia ser um arraso!

Dançamos todas as músicas, acertamos todos os passos. Ah! Naquele domingo não tinha pra ninguém! Estávamos impossíveis! Maria estava lá também, e como sempre, a Entidade a acompanhava. Aquele dia a Entidade estava inspirada. Dava pra sentir o fedor há metros de distância. Pobre Maria...

E começou a música. Minha música. A MÚSICA. E eu estava pronta pra arrasar. Inglês afiadíssimo. Abracei minha amiga Luciana e começamos a cantá-la a plenos pulmões, curtindo o momento. Aquilo chamou a atenção de Maria.

Veja bem, aquela era A música de todo mundo na época. Nada mais natural que fosse também A música de Maria. E Maria também sabia a letra. Se juntou a nós, ela e sua Entidade. Ela abraçada a mim, sua Entidade apoiada em meu ombro. Terminou a música. Maria se foi, levou a Entidade... Mas deixou um filhote da dita-cuja empoleirado em meu ombro. Agora eu tinha minha própria Entidade. Tinha que exorcizá-la. Mas como?! Solução da minha amiga: Um copo de guaraná jogado estrategicamente por sobre a minha roupa. Antes melada do que fedida. E adeus Entidade.

Maria não teve a mesma sorte. Anos depois um amigo em comum a encontrou na feira. Tinha se juntado a um convento e virado freira. A Entidade ainda a acompanhava. Olha... Só por Deus mesmo!

11 comentários:

Adriele disse...

Vc nem pra jogar guaraná na moça inteira. Egoísta! hehe

Carla Ferreira disse...

HAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHUAHUA

Entidade chiclete essa D:
coitada!!

HAUHUAHUHAUHAUHAUHAUHUAHUAHA
#euri

Unknown disse...

Olha... Acho que nem uma piscina da Guaraná exorcizava a Entidade dela! :´(

Tata disse...

Eu já ouvi a história, mas nao sabia o fim.
Como assim Maria virou freira?! Esperava mais dela, como ser garota propaganda de desodorante
huahauau
quanta maldade.......

Unknown disse...

Ela virou Freira mesmo????? Que final pra dona Maria!!!!

Pâmela Pferso disse...

Poutzz!!! IAUHEIUHAEHEAUAIHEAUIEAIHEAUIHEAIHEAIUEAIAHEUIEAIHEAUAHEIAIUUAHAEIHIAUIUAHAHIUAEAIUAEUAE

Que dó, meo! Sempre tem um desses na nossa vida, assim como tem um nerd, um filhinho de pai rico que fica pobre e gordo e tbm uma patricinha linda que casa e fica feiosinha...

Grazielle disse...

Viuuuuuuu sabia que você tinha algo para partilhar.. ahuahau

Mais pobre Maria.. e q entidade hein.. afff

Unknown disse...

hahahaha...Maria fedida...não conseguiu namorado por culpa da entidade e virou freira...a entidade venceu no final, tem a Maria só pra ela!

Livro de palavras sem dono disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mila Generato disse...

shuahsuahsuahs xD
"entidade" essa foi a melhor shuahsuahsauhs

Unknown disse...

AHSUHASAHSUAS excelente, Alba, excelente mesmo... um misto de realidade e alegorias usadas de forma exuberante e pungente. Quem fede, fede, e tenha dó! Cool!